quinta-feira, 27 de março de 2008

Ótima escolha





Tem gente que prefere casar, ter vários filhos, com várias mulheres, comprar carro bacana...ter televisona grande... Sinceramente moçada.... não tem dinheiro mais bem gasto do que em viagens. Ontem fui visitar nossos vizinhos e me peguei filosofando e ouvindo filosofia sobre o Big Bang, o começo e o fim do mundo, a matemática, e, quem diria, a física quântica. O vizinho é professor... só pra ficar no mesmo ambiente. E a lua tava cheia, e falamos de Nostradamus e lembramos de Julio Verne e veio também o Jesus Cristo, tudo isso regado a um bom vinho branco nacional, que parece que toda casa tem aos montes e estão sempre prontos para servir. Olha só onde vim parar. Vinho de excelente qualidade, diga-se. E hoje foi meu dia de cozinhar e fiz um Estrogonise, um misto de estrogonofe, sem creme de leite, com pimentão e queijo parmesão. O povo adorou e eu também. As meninas, que já consegui decorar o nome: uma é Mina, a japonesa; a outra é Yuko e é coreana, a dona da casa é Sharon, americana nascida no Texas e o dono é Michael, que nasceu em Capetown, na África do Sul. Ele é o pr[oprio Erasmo Carlos mau-humorado.

Onde estou










m








Estes pequenos japoneses seriam coleguinhas
da Chiara se ela estivesse aqui comigo.


Esse predio bacana eh minha escola. E a turma eh minha classe.

Tem horas em que fico pensando onde é que estou mesmo? Tem uma japonezada na minha classe que te juro, mano, num entendo nada do que eles falam. Eu fico olhando com cada cara que deve ser óbvio que eu não sei what we are talking about. É impressionante. Aí eu faço a maior cara lavada do mundo, tipo paisagem, e digo ouuuuuuuuquei, arrraaammm.... e fica tudo por isso mesmo. Minhas aulas são bem legais. Falamos o tempo todo sobre as empresas, o que é ético ou não, como resolver problemas gerenciais, fazemos simulados de situações empresariais. É bem legal. O PG vai morrer de orgulho. Falei sobre nosso programa de Qualidade de Vida e o quanto isso está fazendo bem pro público interno. Eles acharam o máximo e o programa foi aceito como uma forma de levantar o moral da moçada e dar transparência de empresa perante a comunidade. Também falei o quanto nosso jornal é importante pra integração dos empregados, principalmente num país onde a empresa está espalhada por todo o território e um precisa saber do outro. Percebo que temos muitas coisas em comum com as big companies que estudamos aqui. Ok. Moçada. Estamos super no caminho certo.
E não deu outra. Comentei com meu professor, que é inglês, o quanto eu não entendia nada de que aquelas pessoas falam. E ele disse que, às vezes, também não entende e olha que ele morou no Japão por dois anos e conhece bem o sotaque. Então me senti melhor. Pra ajudar tem o italiano que fala mais que a boca. Aliás, eu e ele somos os que mais falamos. Eu fico me perguntando como é que esse povo asiático ta dominando o mundo. Acho aquelas pessoas tão travadas e paradonas. Nunca tem uma idéia legal. Se tem, não falam. E se falam, eu não entendo. Então fica por isso mesmo. I do my best.

First day in school

Meu primeiro dia na escola me lembrou o quanto perto estou da Coréia e do Japão. 95% dos estudantes vem de lá. Fiz um teste escrito, falado e ouvido e me colocaram no Intermediate Business English Course, com um livro que traz reportagens do Financial Times. dos 6 niveis da escola fiquei no quarto. Muit bom. Com exceção de um italiano, os demais 8 estudantes da minha sala são asiáticos. A primeira aula foi legal e relaxei. Amanhã vou ficar sabendo do meu curso de mergulho. Não vejo a hora. Tchau que I have a lot of homework to do e já são 22 horas. Kisses.

PARAISO FEMININO

Uma das coisas que eu adoro quando saio do Brasil, é ir ao banheiro. Todas as amigas que lerem isto aqui vão entender. Todos, mas todos os banheiros fora do Brasil tem, atrás da porta de fazer xixi, um lugar pra você poder dependurar a bolsa e não precisa colocar ela dependurada no pescoço que é sempre um grande incômodo. Outra coisa que achei o máximo aqui e a Chiara também vai achar porque ela já quer fazer isso lá em casa pra economizar a água do mundo. Todas as privadas tem a descarga pra fora, aquele tipo tanque, só que com dois botões. Um é para a necessidade de número 1 com pouca água – ou seja, só para fazer descer líquidos e outro botão para dar descarga quando você faz o número dois, que precisa de mais água. É o máximo e a gente vai chegar lá. Outra coisa é que não precisamos tocar na lata de lixo pra jogar o papel fora. Você põe a mão num sensor e ele abre, lentamente a tampa onde você joga o papel e fecha automaticamente. Nenhuma contaminação portanto. Primeiro mundo. Ok. Agora o Adam, filho do Michael vai tentar arrumar minha Internet. Beijos moçada e até terça-feira.

Agora em Cairns

Voltamos pra Cairns no dia seguinte, na segunda-feira, que também é feriado na Austrália. Demos uma volta na beira da praia só pra ver e fomos pra casa. Eu e as meninas desempacotamos a mala e voltamos pra praia pra ver tudo aquilo de perto. Há uns 4 anos, eles construíram uma grande Lagoon na beira do mar, que não é bem mar. Em Carins ele é um mangue que não dá pra tomar banho de jeito nenhum. Então eles construíram essa lagoa que é enorme, feita de água salgada, é pública e sem grades, não precisa fazer exame médico nem pagar nada. É só tirar a roupa e mergulhar. Também tem uns locais de fazer churrasco que não precisa pagar nada. É free como eles adoram frisar por aqui. Rachamos uma pizza e várias cervejas o que fez as meninas falarem um pouco mais, pois são caladas pra caramba, como todo oriental. Tudo bem. Eu falo por todas elas. Da pizaria a beira mar, que lembrava muito o Guarujá, fomos para um pub onde australianos e estrangeiros faziam do local uma torre de Babel. A japa me mostrou onde é minha escola e fomos pra casa. Antes disso, estávamos caminhando por entre um monte de lojas de turistas e centros de informações turísticas e um cara veio falar comigo. Entendi que ele queria saber onde ficava um tal restaurante. A japa, mais do que depressa, disse: no thanks. E eu meio sem entender, disse no também. Foi quando eu percebi que o cara tinha estacionado o carro, e sob o olhar de um amigo que tinha ficado no carro, estava nos convidando para ir a um restaurante. Morri de rir do jeito da japa. Quase saiu correndo. Era um desses tipos anglo-saxônicos, com cara de 1,99m, que provavelmente estava querendo um programa andro-sexônico e deixamos pra lá. Vivi minha primeira cantada, mesmo sem entender nada. First day in school Meu primeiro dia na escola me lembrou o quanto perto estou da Coréia e do Japão. 95% dos estudantes vem de lá. Fiz um teste escrito, falado e ouvido e me colocaram no Intermediate Business English Course, com um livro que traz reportagens do Financial Times. Com exceção de um italiano, os demais 8 estudantes da minha sala são asiáticos. A primeira aula foi legal e relaxei. Amanhã vou ficar sabendo do meu curso de mergulho. Não vejo a hora. Tchau que I have a lot of homework to do e já são 22 horas. Kisses.

Josephine Falls

O Michael é o marido da Sharon, um cara de poucas palavras mas que faz por agradar、, as vezes, como todo marido. Não vou entrar em detalhes que não é hora. Quem tem ou teve sabe do que estou falando. Eh eh eh. Ele nos levou para passear numa incrível cachoeira, a Josephine Falls que é igualzinha as cachoeiras que temos aí no Brasil no meio da floresta. Árvores gigantes, muita samabaia, riachos pequenos, até se chegar a grande cachoeira. Tudo muito parecido com aquela cachoeira imensa que tem na fazenda da Ecológica. Só que, para deleite da turistada, o caminho é todo asfaltado. Isso mesmo. E quando se chega na cachoeira propriamente dita, o chão se torna de madeira e ferro, e temos seguras escadas com corrimão e piso anti-derrapante. Ninguém consegue escorregar ou se machucar. Tem também uns recantos com bancos e mesas de madeiras pra fazer um lanchinho na selva. Tudo muito cuidado, é claro. A Josephine é realmente incrível e enorme. Pensa num cachoeirão. Pois ela é assim. Repare na foto e veja o tamanho da pessoa vestida de vermelho à direita da foto.

Bramston ou algo parecido













Este é o nome da small village que eu fui na Páscoa. São três ruas paralelas a praia e umas outras três perpendiculares. Eram quase 6 h da tarde quando chegamos a tal praia, com direito a cadeiras, vinho branco e queijo brie, que eu não gostava e aprendi a gostar de comer com abacate e tomate. Além de umas torradinhas muito sem gosto e sem sal. Enfim. Foi meu primeiro drink na praia. Como me avisaram dos crocodilos, águas vivas e tubarões, deixei o banho de mar para o dia seguinte. E assim foi. Fomos para a mesma praia só que mais perto das casas e então foi que eu vi a coisa mais natural do mundo, que ninguém aqui se lembra quando surgiu, mas sabe-se que faz muito, muito tempo. Uma cerca inflável branca que é colocada toda manhã e retirada no fim da tarde, de onde desce uma rede com uns pesos na ponta para proteger os banhistas dos perigos que acima citei: águas vivas, tubarões e jacarés. É isso mesmo. E todo mundo vai na praia, nada no local protegido, as crianças brincam seguras e quem gosta pratica natação. Pronto. Assim de prático e ninguém fica reclamando que isso e que aquilo.
Por outro lado, na praia não pode beber nem comer, não pode andar a cavalo, levar cachorros soltos, não pode vidros, nem garrafas, não pode fazer fogueira, não pode fazer Wind surf nem acampar. Você também tem que nadar entre as bandeiras vermelhas e amarelas. Fora dessa marcação vai correr o risco de levar uma mordida de crocodilo. Se você não se lembrar de tudo isso, don`t worry. Tem uma placa enorme que te lembra de todas as regras, inclusive que você deve: usar óculos, passar protetor, ficar na sombra, usar camiseta e chapéu. Mas se der uma zebra e uma água viva te pegar, don`t worry again. Você corre pra areia e ali, perto da placa tem um recipiente com vinagre que você deve jogar no local onde a água viva te queimou. E pronto. Você está curtindo uma praia na Austrália, em Cairns, bem pertinho da Grande Barreira de Coral, a maior do mundo, famozézima no fascinante mundo dos mergulhadores.
Acordei no domingo com aqueeeeeeeeeela preguiça. Ganhamos, cada uma de nós, um coelho da nossa anfitriã. So nice! Nós, significa eu e as outras duas estudantes: uma coreana e outra japonesa, que até agora não decorei o nome delas. Já até somos amigas e damos risadas. Isso quando entendemos o que falamos entre nós. Imagina a mistura de sotaque. Mas faz parte do intercâmbio. Vim aqui pra isso, entre outras coisas.

Leaving Sidney






O taxi estava marcado para as 6:30h. Aproveitei alguns minutos e fotografei o local onde as pessoas podem colocar, a qualquer época do ano – e não somente na campanha do agasalho – roupas e outros objetos que não querem mais, para serem doados. Achei prático. A Sharon, onde estou em Cairns, me disse que isso vai para um grande bazar e, depois de lavado e arrumado, será vendido por um ou dois dólares. O táxi atrasou e eu acordei o santo John que mais uma vez me socorreu. “Eu deixei o número do táxi no papel pra você.” Ele realmente pensou em tudo. Ele solicitou o táxi por e-mail e ainda colocou o meu fone pra eles ligarem mas eu nem esperei a ligação. As 6h15m já estava na rua, ainda noite, é claro. Finalemente “segura” o táxi chegou e perguntou se era doméstico ou internacional. E eu tasquei um doméstico. Mas quando cheguei vi que tinha que ir na ala internacional pra pegar minha bagagem e deu tempo de ficar no mesmo táxi que rodou mais uns 5 minutos por viadutos imensos até chegar na ala internacional. O táxi custou 52 dólares mas eu cheguei justo no lugar onde havia deixado minha mala.
Deu tudo certo. Peguei minha mala, achei o embarque e caminhei feliz por um imenso, movimentado e bonito aeroporto. Na sala de embarque a surpresa: meu vôo era Toquio com escala em Cairns. Estava a 3 horas de Cairns e a 12 de Tóquio. Me senti “do mundo”, como costuma dizer a mãe do Milton.
O desembarque foi tranqüilo e saí com tanta confiança que não achei ninguém com meu nome na mão. Dei mais uma voltinha e achei uma senhora de 60 anos, com um chapéu enterrado na cabeça, um óculos de sol típico de quem opera catarata e o sorriso mais franco do mundo. Era Sharon, minha anfitriã, que nasceu no Texas – EUA e vive na Austrália há mais de 20 anos. Gostei dela de imediato. Fomos pra casa dela e lá deixei a mala grande, fazendo uma menor para passar a Páscoa numa pequena praia chamada Branston, há uma hora de Cairns, de onde estou escrevendo estas mal traçadas linhas.
O sábado foi tranqüilo com direito a siesta after lunch. Nessa altura eu já começava a pensar em inglês, o que reduziu muito minha atividade cerebral, pois meu vocabulário é limitado. Então, pra quem pensa que eu penso pouco, pois eu tô pensando bem menos em inglês. E nesta noite, de domingo pra segunda, eu tive meu primeiro sonho em inglês – o que pode ser considerado um sucesso, visto que sai do Brasil só há uma semana.

sábado, 22 de março de 2008

Saudades de Cidreira




Um calçadão daqueles típicos de cidade beira-mar fazia a ligação entre a pequena baía e a grande praia onde turistas largateavam ao sol das 4h da tarde e surfistas tentavam dominar onde médias, iguaizinhas as do Brasil. Um vento frio e muito chato incomodava o tempo todo. Se você ficava de frente pra água, gelava a frente do corpo e esquentava as costas, se virava era vice-e-versa. O vento não parava e me lembrei das praias do sul, em especial Cidreira onde passava férias escolares quando menina. Aquele vento era muito chato. E todo mundo fazendo cara de que estava adorando, com aquela pose blase, de quem não tá nem aí. Duvido. Era algo tipo uma Praia Grande traduzida pro inglês só que com um vento cortante. Almocei por ali umas 5h da tarde e resolvi voltar. Visitaria a Harbour Bridge que tem um serviço de escalada para turistas X-tremes. No meio do caminho pro ferry encontrei duas gaúchas que moram aqui e fui com elas pro show do Olodum. Isso mesmo. Os afro-descendentes tocadores de tambor estavam na city. Foi o show de Olodum mais caro que já paguei – e acho que o primeiro deles – R$ 160, Mas tudo era farra e vamos lá. Dentro não vendia bebida alcoólica – ah ah ah. Morri de rir. O show foi ótimo. Aconteceu no teatro do Luna Park, um parque de diversões destes que temos no Brasil e que também se chamam Luna Park. Tinha um asiático que parecia que ia se desencaixar todinho. Ficava dançando com as mãos pra cima, fazendo um gesto como se desenhasse um círculo no ar e com as pernas balançando, principalmente a esquerda, que parecia que queria desgrudar um papel do sapato. Eu ri demais da conta. Fui ao baheiro e me deparei com uma caixinha amarela que era pra jogar a seringa naquele recipiente. Uauaauauau. Me lembrei de Barcelona onde os bares que ficam nas Ramblas tem as colheres de café com um pequeno furo no meio que é pro pessoal não usá-las para destilar drogas injetáveis. E outro truque anti-drogas é ter luz negra nos banheiros que é pro pessoal não conseguir enxergar a veia. Credo. Entre mortos e feridos deu tudo certo e me diverti. Mas foi somente nesta ocasião em que eu vi negros na cidade, a maioria brasileiros, claro. Eles simplesmente não estão por aqui. Nem como turistas nem como cidadão local. Impressionante. Perguntei pro Stuart e ele me disse que eles moram mais em cidades pequenas, nos arounds das big cities. Já entendi. Vocês mataram todos os aborígenes e os que sobrefiveram são confinados nas cidadezinha. Disse-me o Stuart que eles “preferem” as small cities. Tá bom então. Chega por hoje. Cheguei em casa tarde, acordei tarde e já é de tarde. Fui pra Bridge.



Forgot the money


Como nos outros dias, a quinta-feira amanheceu num sol esplendoroso, como diria minha mãe. Biquine na bolsa, mapa na mão, passe de trem e lá fui eu rumo a praia de Manly onde tem um Oceanworld que oferece o desestressante serviço “dive with the sharks”. Mergulhar com os tubarões era meu plano. No meio do caminho dei conta de que não havia pego dinheiro mas isto foi resolvido na primeira esquina onde tinha um banco do American Express. Foi quando eu me dei conta de que estar em viagem assim, só e sem rumo certo, as vezes nos deixa em constante estado de alerta. Me peguei pensando que se acontecesse algo comigo eu não teria um dólar pra resolver a questão, somente meu passe de trem pra voltar pra casa. A princiípio foi o que pensei em fazer. Pegar o trem do outro lado e pegar o dinheiro em casa. Foi quando me lembrei dos cartões de crédito e tudo ficou mais fácil. Relaxei e resolvi a questão assim que desci o trem.

Caminhei pela cidade, que já me parecia familiar até o ferry-boat que é para lá de enorme, deve caber umas 200 pessoas por viagem, pelo menos. Tem 3 andares, bares, banheiros etc e tal. Em 30 minutos eu já desembarcava em Manly onde o turismo é levado a sério e o forte são os esportes de praia e mar onde inclui-se curso de surf, bodyboarding, vela, windsurf e derivados. Chega-se a Manly por uma pequena baía onde num canto da praia está o Oceanworld, meu destino principal. Caminhando pelo calçadão a beira da praia percebo enormes árvores de pinus, daqueles que tem no Paraná e achei a conjunção praia/pinus no mínimo exótica. Na recepção do Aquário um banho de água fria. Todos os tubarões já tinham companhia. Ou seja. O grupo para mergulhar já estava completo e eu não cabia de jeito nenhum. Dei aquela chorada típica brasileira, que era só uma a mais, que eu voltava no dia seguinte pro Brasil, e que isso e aquilo. Sem chance. O dia seguinte também estava lotado porque era feriado e as reservas já tinha sido feitas. Feriado de Páscoa, me lembrei. Carterei de imprensa e ela me liberou para entrar no aquário, já que estava por lá. Vi as mesmas coisas que no outro e foi caminhar para outra praia onde ficam os surfistas.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Very, very, happy hour



Como já havia combinado, liguei por Stuart, um amigo da Paula (minha fada madrinha) que ficou de me encontrar pra bater um papo. Marcamos um encontro no Opera House queera para onde eu estava indo. O dia ainda não tinha acabadoi pois só anoitece lá pelas 8 horas da noite e, mesmo com o sol ainda brilhando, senti um misto de perigo pelas ruas de Sidney. Algo como que dizendo: toma cuidado, não vacila. E deu tudo certo. Depois de uns 8 quarteirões cheguei a um mar de pessoas que caminhavam a beira da Circular Quay de onde saem ferry-boats para diversos lugares. Avistei a Opera House e fiquei esperando o Stuart chegar. Valeu Paula. Que cara legal. Ficamos vendo o por-do-sol entre a Harbour Brigde e o Opera, tomando cerveja e rindo do sotaque dele de inglês e o meu de brasileira. Ali é um lugar de gente de todas as cores mas sempre e basicamente muito elegantes. Fi gente de longo e homens de fraque até um paletózinho simples mas arrumadinho, com ela num escarpam de cor fúcsia. Ok. Tinha também jeans e vestinhos, mas sandália havaina não tinha não. Gente chique, sabe. Tipo: vou ali ao teatro e já volto. Coisa de primeiro mundo. Tomamos duas cervejas, o sol foi embora, a lua no s brindou com sua luz e o Stuart me levou pra casa. Muito simpático ele quer se casar com uma brasileira. Disse que tinha uma disponível mas ele está planejando ir ao Brasil só daqui a dois anos. Eu disse que não sei se até lá a Lis já não casou. Enfim. Vou indo que o dia já raiou por aqui e vou pra praia de Manly. Conto depois o que escolhi para hoje.

Lembranças de New York





Saí do Aquário por volta das 6 h da tarde e virei meu destino rumo a Torre de Sidney para ver o sol se por lá de cima. Pergunta, caminha, pergunta, caminha e já fazia um certo frio. Dim de expediente em cidade grande é tudo igual. Correria de ternos, saltos altos, tailers, terninhos, bolsas da Dolce Gabana e um certo ar de perfume importado no ar, colocado antes de sair aaaaaaa rua. Nos pubs, montes de executivos e executivas falando alto e tomando todas. Ali poderia ser Nova York, Barcelona ou São Paulo – tudo igual. Muitos homens bonitos mas nada que se compare a Curacao. É outro estilo. Aqui é todo mundo muito vestido, mas alegres. Garotas. Em nossa homenagem apliquei o truque da foto de jornalista numa janela onde estavam 4 homens tomando cerveja e rindo muito. Riram mais ainda quando disse que queria tirar uma foto deles. Tentarei editar aqui. Cheguei a Torre e, de novo, o PRESS funcionou e paguei preço de criança. Quando a porta do elevador abriu-se e eu dei dois passos em direção aaaaaquele vidro enorme que deixava ver toda a cidade lá de cima.... me deu um frio na barriga. Me lembrei de quando estive no World Trade Center e tive a mesma sensação de quere voar de lá de cima. Logo veio aquela outra imagem do avião e uma tremenda vontade de sair dali. Dei uma volta, fotografei os quatro cantos e desci. Lá embaixo assisti um filme sobre a história do país e as principais atrações.

Som do fundo do mar



O lugar é impressionante pela organização, tamanho e variedade de peixes. Depois de passar pelos tradicionais vidros com peixinhos de todas as espécies e formas, chega-se a um enorme túnel que fica submerso e de onde se vê enooooooormes tubarões, arraias gigantescas – algo como dois metros de diâmetro – tartarugas que nem a do Uraxi Mataro, um pobre pescador que salvou uma tartaruga e ela como prêmio ao Brasil o leeevou. (esta é somente para os jovens acima de 40 anos). Todo o aquário tem música ambiente e num dos túneis, onde tinha focas e leões marinhos, o barulho é dos próprios bichos. Pois ali, eu ouvi uma mulher dizendo que aquele som do leão marinho, gutural e que lembrava um arroto, se parecia muito com o ronco do ex-husband. Todo mundo riu e fez cara de pena da pobre. Eu, como não tinha esse problema, fico imaginando como será que essa mulher dormia com aquele barulho e o quanto ela deve estar feliz e dormindo melhor sem ele. Eh eh eh. Num outro túnel, vi os maiores peixes de toda minha vida e o som ambiente era de música clássica. Bom demais. Já perto da saída tem um super aquário em que ficamos sentados vendo centenas de peixes coloridos brincando. O cartaz avisa para que descubramos onde estão os protagonistas do filme Nemo que foi “filmado”na Grande Barreira de Corais que é pra onde eu vou no sábado. Fiquei ali uns 10 minutos, sentada, descansando, com saudades da Chiara e prometendo que a próxima viagem ela estará comigo. Seja lá para onde eu for.

Harbour querida




Darling Harbour. Era para este lugar que eu estava indo. Lá tem uma enorme concetração de lugares para ser visitar como o museu de vida animal com cobras e piranhas – tô fora. E o Aquarium, meu destino naquele momento. Haviam me avisado para dedicar umas duas horas por lá de tão bom que é. Assim foi. Primeiro fui comer algo, a beira da baia que estava repleta de enooooooooormes lanchas, ferry-boats, veleiros, uma infinidade de barco e daqueles pássaros brancos que ficam fazendo qua qua qua o tempo todo. Um japonesa (já aprendi a distinguir) turista pediu que tirasse sua foto. Depois ela tirou a minha e ficamos conversando um pouquinho. Ela também estava só e tinha acabado de sair do museu da vida selvagem e se disse decepcionada pois não haviam nenhum canguru. Tadinha... Fui ver meus peixes.

Definição de rumo


Este é o segredo para se andar por uma cidade que não se conhece. Você define para onde ir e sai perguntando. Não pra qualquer um. Ache um segurança, um policial, alguém que esteja parado. Vale também o vendedor de jornaL. Desci na tal estação, acompanhei o fluxo e, rapidamente estava num cruzamento de dezenas de linhas coloridas, com letras diferentes, indicando uma nova direção. A EXIT – saída – está sempre escrita em verde. Fui e cheguei a um pequeno parque, no centrão da cidade, com mil gentes correndo pra lá e pra cá como qualquer cidade cosmopolita na hora do almoço. No parque, o almoço na grama tirados de sacos de papel me lembravam os tradicionalíssimos filmes de Hollywood. Mais uma pergunta, na segunda rua a direita, desça direto e já verá o Aquarium de Sidney. Os prédios altos encobriam o sol e davam um ar bem fresco aaaaaaaquele (crase) meio de dia de quarta-feira, dia 19 de março de 2008.

Sidney by train



Náo sei por que o teclado, vez por outra, desconfigura. Então, segurem as pontas, certo? A estaçáo de trem fica bem perto aqui de casa. O Santo John tinha me deixado as coordenadas pra chegar onde queira no centro: descer na primeira estação depois da Harbour Bridge. E foi passando por ela que vi pela primeira vez o Opera House, aquele prédio de linhas curvas que parecem uma concha dentro da outra, que sempre que se fala em Sidney, aparece o tal prédio na beira da baia. O chinês do guichê de bilhetes do trem foi a segunda pessoa que, naquele papo que eu sempre levo pra perguntar onde fica ...., me disse que meu inglês é bom. Das duas uma: ou tanto ele quanto a chinesa loira da primeira cerveja acham que brasileiro é um bando de estúpidos, ou, e esta talvez seja a verdade, eles falam tão mal o inglês que qualquer rauduiudu impressiona a pessoa. Enfim... Comprei um passe para várias viagens por 16 dólares. Aliás, tudo aqui é muito caro. Um cafezinho é 3,60. Um espetinho com batatinha 9,90. Uma visita ao Aquarium 35dólares e por aí vamos. Só que com a minha carteirinha de INTERNATIONAL PRESS eu paguei preço de criança 19,90 dólares. O trem tem dois andares, é silencioso, limpo e cheio de ... chinês. A linha férrea é bordeada, dos dois lados, de muitas árvores que escondem casinhas pitorescas, aquelas de livros infantis com telhados íngremes.

terça-feira, 18 de março de 2008

No Jardim do Éden





Ainda não sabia o que ia acontecer pois o inglês ainda é curto. Só sei que ele estava me ajudando e eu estava aceitando qualquer coisa seria melhor que aquilo. Atravessamos a ponte Harbour em direção a área norte de Sidney, vi de longe a Opera, bares, shopping, enfim a cosmopolita Sidney. Do outro lado da ponte um oásis verde e tranqüilo me esperava. Encontrei-me com John, que devia ser algo como o “one nine-nine” de Curaçao e ele foi me levando, a mim e a minha mala, por um caminho todo cheio de árvores, entramos num prédio, subimos a um apartamento que estava cheio de correspondência jogada no chão da entrada. Ume mora aqui, perguntei. Kathy. And where is she? Está na Alemanha visitando a irmã que teve neném. Foi ai que eu saquei que estava entrando num apto só pra mim com tudo que tenho direito inclusive computadores, sacada que dá pra rua arborizada, e pássaros que cantam e imensas árvores que fazem barulho de folhas ao vento. Bingo. Ficamos conversando, ele me mostrou o mapa da cidade, disse onde ir, como ir, onde fazer compras pra comer em casa e, pela Internet, agendou um táxi pra me levar no aeroporto no sábado de manhá. Isto foi ontem, terça-feira. Deitei na cama às 21 horas e acordei agora pouco, as 10h da manhá. Estou escrevendo este texto enorme há horas e vou me mandar pois Sidney está bem ali e eu aqui. Fui. Amo vocês.

John maravilha

Em todos os sentidos. Liguei, me expliquei, ele disse que me ligaria em seguida, para o HOstel – onde havia deixado minha mala de refém. Voltei feliz pra lá e tinha um recadinho da China: Voltou as 2:30h. Fui pro bar e tomei mais uma. Saí e comprei uma Web Can com microfone por 70 reais e voltei pro Hostel. Quando cheguei ele já havia ligado. Então, num arroubo latino americano de solidariedade a China me deixou fazer um fone call. O John disse pra eu ligar para ele as 5:30 da tarde. Paguei as duas diárias e fui pro quarto e tomar um banho. Claro. O banheiro é comum aos dois gêneros – ou serão três – e não tem trava na porta. Você faz xixi sem sentar, segurando a porta com a mão e com a bolsa na cabeça porque não tem onde colocar, é claro. Enfim, banhei-me. Só pra lembra do Pasquale.
John me deu um endereço soletrado para onde fui de taxi.

Achei alguém

Finalmente a Kathy atendeu ao celular. Disse quem era e o que estava acontecendo. Queria apenas o nome de um hotel que pudesse ir com um pouco mais de segurança, que isso e aquilo. A ligação caiu. O cartão tinha acabado. Comprei outro, liguei de novo e ela foi um amor. Disse que podia ficar na casa dela, eu disse que não queria incomodar. Ela disse que não era incômodo e assim fomos falando, eu sem entender algumas coisas mas pelo menos alguém disposto a me ajudar. Mandou que eu ligasse pro John um amigo seu que poderia me ajudar e se ele não achasse um lugar legal pra mim, que então eu ficasse na casa dela. OK, combinado.

Achei alguém

Finalmente a Kathy atendeu ao celular. Disse quem era e o que estava acontecendo. Queria apenas o nome de um hotel que pudesse ir com um pouco mais de segurança, que isso e aquilo. A ligação caiu. O cartão tinha acabado. Comprei outro, liguei de novo e ela foi um amor. Disse que podia ficar na casa dela, eu disse que não queria incomodar. Ela disse que não era incômodo e assim fomos falando, eu sem entender algumas coisas mas pelo menos alguém disposto a me ajudar. Mandou que eu ligasse pro John um amigo seu que poderia me ajudar e se ele não achasse um lugar legal pra mim, que então eu ficasse na casa dela. OK, combinado.

”La garantia soy yo"

Foi então que começou uma peregrinação por telefones públicos. Deposi de descobrir que o cartão que comprei por 40 dólares no Brasil não funcionava para ligações locais fui comprar um. Claro, um chinês mau amado me vendeu um por 10 dólares me garantindo que vali para local e ainda ficou me enchendo o saco só porque eu pedi pra ele falar devagar. Fui para num shopping ali perto. Que bom:ar condicionado, lojas de griffe, de chineses é claro, tinha até Mc Donald’s. Comprei outro cartão de uma senhora normal (não chinesa) que não funcionava nos telefones de dentro do shopping, só nos de fora. Lá fui eu. E comecei ligando pra lista de 4 amigos que a Paula Bittencourt me deu. Graças a Deus. Depois de várias tentativas e recados em secretárias consegui falar com o Martin que, muito solícito, disse que não podia me ajudar pois estava a 400 km de distância de Sidney....Chega. Fui almoçar. Matei a saudades do sanduba de Falafel que comia nas madrugadas de Barcelona quando voltava pra casa de ônibus.

China é cheia ....


...é cheia de gente, de placas, de lojas, restaurantes, bequinhos, lojas de roupa, sexy-shops, patos laqueados. O motorista me largou ali e quando perguntei onde era o meu hotel ele me apontou uma placa qualquer escrito City. Olhei e voltei pra ele pra dizer que aquilo não era a foto que vi na Internet. Era tarde. Ele já tinha entrado no bus com os demais passageiros e estava longe. Mapa na mão, confiro o nome das ruas e percebo que estou perto mas não no local certo. Graças a Deus estava só com minha bolsa e a malinha de rodinha. Caminha, caminha, vira, pergunta. Pior do que sotaque de australiano é sotaque de chinês que nasceu na Austrália. Fui indo, subindo, descendo e cansei. Estava perto do número 701. Entrei num bar que era o 700 e perguntei cadê o um. A moça simpática, uma japonesa loira, me disse que não sabia. Pedi um café e tomei mesmo foi uma cerveja. Logo ela voltou com a grande notícia. Eu já estava no lugar certo. Ali era o 701 também e Hostel que chamava Sidney City agora era Mountbatten. Ufa. Que bom. Relaxei.
Mas foi por pouco tempo. Quatro lances de escada depois, daquelas estreitinhas, de madeira, que a gente vê em filme de máfia, olhei pra dona e quis sumir. Atenciosa mas fechada foi me mostrar o quarto, que eu dividira com mais 3. Subimos mais dois lances e eu queria me jogar pela janela. Dois beliches com duas garotas suecas, provavelmentes, jogadas nos colchões e aquelas mochilas enormes transbordando de roupas. Da janela via-se aquelas chaminés que soltam fumaça branca de restaurantes.
Na hora de pagar disse que antes ia ligar pra um amigo que talvez me arrumasse um outro local pra ficar na casa dele e que, portanto, talvez eu não ficasse e que não era bem isso o que eu esperava encontrar de acordo com o que vi na Internet. Era muito diferente. Talvez porque não tivesse cheiro nem barulho. Ela foi muito clara ao dizer que tudo bem mas que eu teria que pagar pelos 4 dias de reservas. Eh eh eh. Conversamos e ela deixou por douas diárias. Eu disse que ia telefonar e já voltava.

Voei pra Sidney acordei na China


Animadíssima dei de cara com dois brasileiros que trabalham no serviço de bus do aeroporto. Aqui também os brazucas e cucarachos trabalham em serviços do gênero. O motorista do meu bus era lá da terra do Bin Laden. 15 minutos e adentramos na China, em plena Chinatown como todas as outras que conheço incluindo a do bairro da Liberdade de São Paulo. Chei normal já que meu hotel, pelo mapa, ficava ao lado de Chinatown. Mas isso não era verdade. Ele ficava IN Chinatown e aí começou a peregrinação em busca do Hostel perdido que se chamava Sidney City Hostel. Bem na verdade preciso confessar que não era um hotel. É que como eu sou jovem (me esqueço que o tempo passou) e gosto de conhecer pessoas, cismei de ficar num albergue da juventude. Só que em minhas memórias de andante, tinha a imagem dos albergues que eu ficava na Espanha: limpos, claros, arborizados, cheios de mochileiros franceses e alemães, sempre acompanhados de suas garrafas de água. Não sei porque os alemães adoram viajar com uma garrafa de dois litros de água. Acho que é uma culpa histórica e medo de serem envenenados.

Enfim, Sidney..


Desembarcamos em Auckland onde fIz uma foto pra acrescentar no meu curriculo, ‘e claro. Dormi que nem anjo no avião e deu tudo certo. A chegada a Sidney é linda, O solo é um mar azul intenso e, por fim, terra a vista. Eles tem um sistema que chamam de quarentena que é super rígido. Nem pense em entrar no país com planta, comida, frutas, madeira, bijouteria de capim dourado que não entra não. PROIBIDÍSSIMO. A gente tem que preencher aqueles formulário que perguntam se somos terroristas, se levamos um abacaxi no boldo, etc. E ai de você se mentir: cadeia nele. Mas como sul-americana que sou, passei mesmo pela fila da quarentena, olharam tudo meu, e saí ilesa. Lá fora um calor de 30 graus não me espantou. Fui pra fila do bus para chegar no meu hotel.

Enfim, Sidney..



Desembarcamos em Auckland onde ifz uma foto pra acrescentar no meu curriculo, ‘e claro. Dormi que nem anjo no avião e deu tudo certo. A chegada a Sidney é linda, O solo é um mar azul intenso e, por fim, terra a vista. Eles tem um sistema que chamam de quarentena que é super rígido. Nem pense em entrar no país com planta, comida, frutas, madeira, bijouteria de capim dourado que não entra não. PROIBIDÍSSIMO. A gente tem que preencher aqueles formulário que perguntam se somos terroristas, se levamos um abacaxi no boldo, etc. E ai de você se mentir: cadeia nele. Mas como sul-americana que sou, passei mesmo pela fila da quarentena, olharam tudo meu, e saí ilesa. Lá fora um calor de 30 graus não me espantou. Fui pra fila do bus para chegar no meu hotel.

Finalmente nós






A velha teoria funciona. Só fica só quem quer. Estas pessoas da foto foram meus companheiros de viagem por muitas horas. Mais precisamente 10 horas que foi o tempo que ficamos na sala Vip e por onde passava um exemplar de cada tipo. Destaque para um cubano completamente bêbado que estava comemorando a saída do Fidel. O casal é a Sandra e o Felipe que estão em lua de mel e depois de Auckland vão pro Thaiti. São paulistanos da gema e casaram-se há 3 dias. O loiro de olhos azuis é australiano, filho de francesa com australiano, casado com uma Argentina e mora em Melbourne. Graças a um atraso de quase duas horas na saída do vôo para Sidney – de 23:35h foi para 1:10h da manhá – conhecemos duas garrafas de vinhos do bar chamado Thuesday. Entramos no avião por volta de 1 hora da manhá de segunda-feira, 17 de março com o prognóstico de voar por 13 horas e meia até Auckland. De lá seriam mais 3 horas até Sidney.

domingo, 16 de março de 2008

Viva a tecnologia











Estou super feliz de ter trazido meu lap top. E o melhor. Configuerei a rede sem fio sozinha sem pedir ajuda pra ninguém. Estou praticamente uma hacker. Eh eh eh . Tamb[em estou amando o meu relógio pulsímetro Polar. Eu embarquei sem ter tipo tempo de olhar como mudar as horas dele. Eh eh eh. Mas não precisa. O bichinho faz o acerto automaticamente. Não é incrível. Tenho que dar a mão a palmatória pois foi o Milton que insistiu pra eu comprar esse modelo, que eu achava caro, mas que era o melhor. Ele é metido mas as vezes tem toda razão. Valeu.

Chiara é a Virgem Maria

Na parte da tarde dessa mesma sexta-feira minha filhota, com essa carinha de santa que tem, encarou o teatro da escola e foi a mãe de Jesus. Super compenetrada ela fez até cara de triste e disse pro Jornal do Tocantins que a entrevistou: “É a Maria deve ter ficado triste mesmo. Nenhuma mãe gosta de ver o filho morrer, né?” Noite, como ninguém é de ferro fomos no Itapark andar em todos os brinquedos. E eu voltei pra casa pra fazer a mala. Mas depois tive que ir numa festa surpresa que a Fernanda Panno fez pra mim. Como sempre acontece, a festa foi ótima e eu praticamente fui direto pro aeroporto pegar meu vôo pra São Paulo.

Santiago do Chile está la fora

E eu no aeroporto, na sala VIP do Lan Chile porque eu sou é VIP mesmo. E como nada aconteceu de grande destaque abro meu blog no exterior falando da minha filha, meu orgulho. Como vocês podem ver, ela foi campeão de novo em natação. Estávamos programadas para nadar meia hora cada uma na festa de aniversário da Tchibum, que fez uma maratona. Eram 3 equipes que tinham que nadar 14 quilômetros. Quem fizesse em menos tempo, ganhava.
Foi então que a Chiara começou a nadar, depois eu e depois era o Sergio Gobira, que deu o maior furo e deixou eu e a Chiara cobrindo o tempo dele. Mas desafio é um dos nossos nomes e não decepcionamos. De quebra, enquanto o Waldir não chegava (ele se atrasou. H homens....) a Bia promotora gastou o modelito swimingpool e ajudou nossa equipe. Chiara, entre uma respirada de peito e outra ia dizendo: liga....respirava; por Sérgio.... e respirava; fala pra ele vir.... e respirava. E como ele não veio, nós mantivemos o espírito de equipe em alta. Foi assim que faturamos mais uma medalha pra nossa coleção e o segundo lugar para a equipe da Investco/Cetlins.



quinta-feira, 13 de março de 2008

tá chegando a hora

o dia já vem raiando, meu bem.
Eu tenho que ir embora......

quinta-a-noite

sábado, 8 de março de 2008

Minha Família

Este é minha doce filha Chiara Theodora


Vivo com minha filha Chiara Theodora numa casa muito boa em Palmas, no Tocantins, uma cidade linda, ampla e quente. Muito quente. Média de 35/40 graus todo o ano. Além de trabalhar muito, no TCE (Tribunal de Contas do Estado) e na Investco (responsável pela Usina Hidrelétrica de Lajeado) nado 4 vezes por semana, faço caminhada no parque e estudo inglês. Minha filha também tem uma vida agitada: estuda a 4a. série no colégio Marista, faz inglês na Wizard, piano com a professora Alba e natação. Ufa. Quase não paramos. Mas assim somos muito felizes, divertidas e unidas.
Conosco mora a Lis, uma garota de muito valor que se formou em Administração de Empresas. Está com a gente há quase 10 anos e por isso já é considerada da família.
O pai da Chiara é o Milton e mora na cidade de Pedro Afonso onde trabalha como juiz de direito. Assim como nós, ele também é um cara bacana e divertido.

Este é a Chiara no recital de piano em dezembro de 2008. Lis e eu na formatura dela.

Eu nadei no Lago de Palmas

Conforme combinado chegamos ao lago as 9 e meia da manhã. Protetor solar, camiseta de nadar, touca e óculos na mão. O coração a mil e a certeza do próximo passo: nadar no lago. Eu vinha esperando por esse momento há muitos meses. Depois de muito treino em piscina e algumas provas pelas praias de Caseara, Peixe e Araguacema, em julho, era hora de nadar no lago. Meta: ambientar-me às águas abertas para a prova de triatlon do próximo dia 29 de setembro, aniversário do lago.

“Mas você não tem medo de piranhas?” Não, eu não tenho e elas não me querem porque eu não sou arroz e não estou na beira d´água, ao lado de outras muitas comidinhas apetitosas.

Descemos o barranco depois do primeiro vão da ponte. Meu amigo Sergio conhecia, literalmente, o caminho das pedras. Ele me mostrou até onde iríamos nadar, disse que era pra eu ir olhando para os postes da ponte e para não me afastar muito da margem. Tudo pronto. Tchibum....

Primeiras braçadas e o coração disparado, adrenalina, nervoso, dificuldade de respirar, o fôlego não dava para duas braçadas... relaxa... nada peito... relaxa ... agora vai. Braçadas crawl, respiração bilateral. Vamos lá, Denise. Você sabe nadar, você nada 45 minutos na piscina, você tem boa resistência, tem treino... e sabe nadar. O coração a mil e o fôlego, sumiu.

A camiseta que os atletas que terminarem o triatlhon vão ganhar escrito finisher vinha à minha mente. Ela é linda e eu quero uma pra mim. Imaginei todo mundo com ela, menos eu. Não, não vai dar. O Sérgio, paciente, dava dicas. Respira um pra um, na terceira braçada olha o rumo... não se afasta... joga o braço longo... Mais uma vez. Vamos lá. Cheguei a pensar se o que eu treinava na piscina era a mesma coisa que eu estava fazendo ali. E agora? Como é que eu vou fazer pra desistir da coisa que mais quero? Eu não consigo respirar... Como vai ser sair daqui caminhando pela ponte sem ter chegado a lugar nenhum? Não gostei da idéia e insisti. Já encarei ondas piores que esta e consegui. Estou onde queria estar e vou prosseguir. Não sei como vou fazer pra respirar mas não vou desistir.

A ficha caiu e eu comecei a nadar respirando de um lado só, olhando pra ponte, tateando com os olhos a reta a nadar. Fui relaxando. Nadar respirando só pela direita,.. respiro melhor,,, meu coração se acalma,,, percebo o que os meninos dizem sobre “encaixar a nadada”. Eu estava conseguindo. A mente é perversa e pode estragar tudo. Mantenho o controle. Não deixo a mente se empolgar. Percebo meu corpo. Sigo com cuidado, braço, respira, braço, respira, sempre pro mesmo lado. Ouço o ritmo do meu corpo em sintonia com a água. A repetição compassada é um mantra. Percebo isso e me entrego. Nado forte e me vejo mais veloz. Sorrio. É isso. É assim que tem que ser. Eu consegui. Fui. A mente se desconecta e o corpo entra no automático. Nossa! É tudo tão fácil, tão óbvio. Como não havia percebido isso antes?

Só me dei conta de onde estava quando o Sérgio disse que era pra voltar. Voltar pra quê, pensei. Ano que vem atravesso o lago todinho, prometi. Agora era respirar pro outro lado pra continuar me guiando pela ponte. Precisava mesmo disso. E como diz o PG: a volta é uma descida, então vai. E foi então melhor, muito melhor do que a subida. Nem as marolinhas que me freavam o corpo foram capazes de me tirar o prazer das braçadas. Eu tinha conquistado as “águas abertas”. Agora entendo na carne o significado daqueles olhos vidrados dos meus amigos antes e depois de cada competição que promovemos, há anos, no lago. Agora eu compartilho do segredo deles e, assim como eles, também quero mais.

Voltamos em 37 minutos, tempo em que devo ter “levantado vôo” algumas vezes. Observei com tristeza a margem do lago repleta de latas, plásticos, papel, de tudo um pouco. Será que ninguém limpa isso daqui?

Chegamos ao ponto de partida completando quase uma hora de braçadas. Eufórica, queria marcar outra nadada pro dia seguinte. O Sérgio me prometeu outra pra dali uma semana. Não sei não. Acho que não vai dar pra esperar.

Fora o lixo, não vi piranhas, nem plantinhas aquáticas. Mas infelizmente, não saí imune do lago. Cortei o pé assim que pisei no asfalto onde alguém fez o favor de quebrar uma garrafa de cerveja, deixando cacos espalhados pelo chão. É por isso que eu gosto de estar dentro d´água. Lá estou a salvo e em paz. Nada melhor do que nadar no lago. É o maior barato.

De Curacao para Austrália - o mergulho perfeito










Estive no Reveillon em Curacao e agora estou de malas quase prontas para Austrália. Meu objetivo é me (a)profundar no inglês e na Grande Barreira de Corais onde devo mergulhar sempre que possível.