quinta-feira, 27 de março de 2008

Leaving Sidney






O taxi estava marcado para as 6:30h. Aproveitei alguns minutos e fotografei o local onde as pessoas podem colocar, a qualquer época do ano – e não somente na campanha do agasalho – roupas e outros objetos que não querem mais, para serem doados. Achei prático. A Sharon, onde estou em Cairns, me disse que isso vai para um grande bazar e, depois de lavado e arrumado, será vendido por um ou dois dólares. O táxi atrasou e eu acordei o santo John que mais uma vez me socorreu. “Eu deixei o número do táxi no papel pra você.” Ele realmente pensou em tudo. Ele solicitou o táxi por e-mail e ainda colocou o meu fone pra eles ligarem mas eu nem esperei a ligação. As 6h15m já estava na rua, ainda noite, é claro. Finalemente “segura” o táxi chegou e perguntou se era doméstico ou internacional. E eu tasquei um doméstico. Mas quando cheguei vi que tinha que ir na ala internacional pra pegar minha bagagem e deu tempo de ficar no mesmo táxi que rodou mais uns 5 minutos por viadutos imensos até chegar na ala internacional. O táxi custou 52 dólares mas eu cheguei justo no lugar onde havia deixado minha mala.
Deu tudo certo. Peguei minha mala, achei o embarque e caminhei feliz por um imenso, movimentado e bonito aeroporto. Na sala de embarque a surpresa: meu vôo era Toquio com escala em Cairns. Estava a 3 horas de Cairns e a 12 de Tóquio. Me senti “do mundo”, como costuma dizer a mãe do Milton.
O desembarque foi tranqüilo e saí com tanta confiança que não achei ninguém com meu nome na mão. Dei mais uma voltinha e achei uma senhora de 60 anos, com um chapéu enterrado na cabeça, um óculos de sol típico de quem opera catarata e o sorriso mais franco do mundo. Era Sharon, minha anfitriã, que nasceu no Texas – EUA e vive na Austrália há mais de 20 anos. Gostei dela de imediato. Fomos pra casa dela e lá deixei a mala grande, fazendo uma menor para passar a Páscoa numa pequena praia chamada Branston, há uma hora de Cairns, de onde estou escrevendo estas mal traçadas linhas.
O sábado foi tranqüilo com direito a siesta after lunch. Nessa altura eu já começava a pensar em inglês, o que reduziu muito minha atividade cerebral, pois meu vocabulário é limitado. Então, pra quem pensa que eu penso pouco, pois eu tô pensando bem menos em inglês. E nesta noite, de domingo pra segunda, eu tive meu primeiro sonho em inglês – o que pode ser considerado um sucesso, visto que sai do Brasil só há uma semana.

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